terça-feira, 29 de setembro de 2009

Igreja Universal do Reino de Deus e dinheiro
(ação contrária ao Evangelho)


"Ser fiel ao Evangelho de Cristo não é o mesmo que ter um apego cego à lei. Cristo censurava nos fariseus exatamente o apego insensível ao formalismo legal e à desconsideração ao humano. Não pode também ser fiel a Cristo uma doutrina que equipara Deus ao dinheiro, dizendo servir ao primeiro enquanto volta sua ação para o segundo. É impossível ainda ver cristandade quando se coloca a riqueza material como prova do favor de Deus, ao mesmo tempo em que é ignorada a amorosa atenção de Cristo pelos pobres ou, pior ainda, vê na pobreza um sinal do afastamento de Deus, da ação de uma força maligna.
Uma correta compreesão do texto sagrado cristão exige a consciência de que Deus não escreveu a Bíblia de próprio punho, mas é ela produto de pessoas que viveram em épocas variadas e dentro de determinadas circunstâncias históricas, geográficas, sociais, econômicas, culturais e políticas. Tais escritores, embora divinamente inspirados, foram afetados pelo meio no qual estavam inseridos, razão pela qual o sentido do texto bíblico deve ser estudado a partir de uma compreensão aberta á situação em que surgiu. Uma leitura fundamentalista que considere o escrito até nas suas vírgulas e acentos como um conjunto de revelações, fatalmente irá desconsiderar o seu sentido literário e as várias formas de expressão empregadas e que eram comuns as seres humanos daquele tempo e não aos de hoje, decorridos dois ou três mil anos.
Feitas tais colocações, é possível concluir no sentido de que é uma urgente tarefa a ser enfrentada na atualidade pelos cristãos, o questionamento dessa religiosidade oferecida pela doutrina da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), que se mostra conformista, individualista, apegada aos valores sinalizados pelo mercado e autora de uma inversão doutrinária que transforma o evangelho na pregação de uma idolatria alienante e desumanizante, [...]".
(Texto de José Luiz Borges, conclusão do artigo "O Deus da IURD: imagens e semelhanças" que se encontra na revista "Uniclar" 2008)

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

São Francisco, o cantor de Deus

São Francisco, o cantor de Deus
São Francisco nunca foi um pensador, ele foi um cantor, foi um poeta! Depois do encontro que fez com Cristo, Francisco viveu eternamente embriagado pela música divina. Quando estava entusiasmado, Francisco falava alegremente e cantava as obras divinas presentes em sua vida e na vida da natureza.
Para São Francisco o ser cristão não era uma carga, mas um dom, uma graça de Deus. Ele tinha uma alegria imensa de ser discípulo e servo do grande Rei, pois ele tinha claro que Jesus venceu o pecado e a morte e nos deu a vida em plenitude. Desejava ardentemente que a alegria da boa nova do amor de Deus chegasse a todos que estavam ao seu redor. Para Francisco o melhor presente que recebeu foi encontrar e conhecer Cristo ressuscitado, e sua maior alegria foi fazer que esse Cristo fosse conhecido pelo mundo todo através de suas obras de amor e mansas palavras.
A sua vida era envolta por uma atmosfera de alegria. Ele era feliz e se esforçava em dar felicidade aos outros, comunicava esta sua alegria a quem encontrava. O segredo de toda essa alegria está em sua fecunda vida de oração. Pois encontrava no diálogo com Deus o aconchego de sua alma e o consolo nas dificuldades de sua vida.
A vida deste mensageiro da alegria se conclui com o maravilhoso “Cântico do Irmão Sol”, no qual revela o fascínio da criação e exprime a gratuidade de sentir-se irmão de tudo aquilo que o “Altíssimo, Onipotente e Bom Senhor” deu a ele e a todo homem deste mundo.
Pedro Debarba