sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Aborto (se está vivo, então leia)

Caros leitores,
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Estão¹ montando uma estrutura 'megalomaníaca' para a punição de fetos, mas falta estrutura para punir estupradores. Citei estupradores porque essa é a maior bandeira para legalizar o aborto, mulheres que não tiveram escolha (foram obrigadas, estupradas) na hora da concepção. A questão é profunda, temos que ter uma visão holística². Aí vem a grande pergunta, o feto que está sendo formado no ventre pode escolher entre nascer ou morrer?

Por outro lado, coloco-me no lugar de uma mulher que sofreu estupro. Ela se vê desamparada, se vê perdida no mundo e sem sentido de ela mesma existir. É um dos piores sofrimentos, que abre espaço para pensar no aborto. Mas, o que leva a mulher pensar em abortar? A resposta é simples: não temos apoio social (psicológico, religioso e familiar). Se as mulheres recebessem apoio da sociedade como um todo, reduziríamos em muito o pensamento abortivo.

Assim sendo, um primeiro “apoio” às mulheres que sofreram tal invasão seria a punição de estupradores. Mas o que vemos são milhares deles soltos e rindo de tudo e todos. Um segundo apoio a essas mulheres é um acolhimento social que vem acompanhado de um olhar compassivo e renovador, olhar esse que envolve o psicólogo, o religioso e os governantes. Sim, governantes, pois a estes foi entregue a tarefa de zelar por centros de acolhimento e de zelar pela remuneração de profissionais da saúde (enfermeiros, médicos e psicólogos). O argumento “falta dinheiro em caixa” é obsoleto, pois vemos o quanto pagamos de impostos.

Veja, a vida deve ser protegida desde a sua concepção até o momento da morte. E nós não podemos condenar uma vida indefesa por falhas estruturais. Vamos arrumar as “estruturas” e não condenar à morte um indefeso. Podemos sim levar ao júri os que conseguem se defender (estupradores, por exemplo), mas não levemos ao júri um feto que apenas tem sentimentos e não pode se defender.

Sejamos contra esse ato e a favor da vida. Sejamos protagonistas em apoiar as mulheres que sofreram algum abuso. Sejamos conscientes do que defendemos. Eu defendo o indefeso. E você a quem defende?
Pedro Debarba, teólogo

¹ "Estão" é uma referência aos governantes, aos meios de comunicação e grupos pró aborto.

² A palavra holístico foi criada a partir do termo holos, que em grego significa "todo" ou "inteiro". O holismo é um conceito criado por Jan Christiaan Smuts em 1926, que o descreveu como a "tendência da natureza de usar a evolução criativa para formar um "todo" que é maior do que a soma das suas partes". https://www.significados.com.br/holistico/

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Setembro - Mês da Bíblia

Paz e Bem irmãos e irmãs.

           No mês de Setembro somos convidado pela Igreja a olharmos com maior carinho para a Bíblia, a palavra de Deus. O testamento divino deixado para a humanidade. Nesse mês o propósito é conhecer ainda mais essa preciosidade. A Bíblia é palavra viva, tudo nela se renova ao passar dos anos.
           Pensando nisso que lhes compartilho uma curiosidade: Um manuscrito da Bíblia em grego no século IV (301 d.C. a 400 d.C.).
           O Vaticano compartilhou a digitalização dessa Bíblia (Aqui está o link da Bíblia em grego), entre muitas outras digitalizações. Esse manuscrito trata-se de um dos mais antigos da Bíblia grega.



 No canto esquerdo da página, ao clicar em "READ MORE", veremos a listagem de todos os livros:

Segue uma página, Evangelho de Lucas 24:

Pedro Debarba (teólogo)

quinta-feira, 3 de março de 2016

Olhar compassivo de Jesus

Nós, humanos, fomos feitos à imagem e semelhança* de Deus, o qual se revelou com o rosto misericordioso de Jesus de Nazaré. Sendo assim, nós conheceremos nossa "Raiz" mais profunda e viveremos em harmonia com o próximo e com a natureza no momento em que nossas atitudes se espelharem nas atitudes de Jesus.
Então lhe convido a contemplar comigo uma atitude de Jesus, entre muitas, na qual Ele "abaixa-se" e vai ao encontro do outro.
A passagem é a da mulher pega em adultério** ou "mulher adúltera": os escribas e fariseus levam a mulher até Jesus e lhe perguntam o que fazer com ela, pois a lei mosaica*** manda apedrejar por tal pecado. Jesus, no entanto, tem uma saída brilhante, "abaixa-se" e começa a escrever no chão. Aqui o que menos importa é o que ele escreve. O importante é sua atitude. A única pessoa que estava "abaixada" ou "caída" no chão era a "pecadora", e Ele é o único que "desce" até onde ela estava para resgatá-la. Jesus se põe no lugar da mulher e olha diretos nos olhos dela. Esse olhar é salvador, é um olhar que oferece aconchego e redenção.
Essa atitude de Jesus não quer dizer que ele está de acordo com o pecado, mas sim está resgatando o pecador. Jesus condena o adultério****, mas não condena a adúltera e sim a resgata pedindo a ela que não peques mais.
Neste ano da misericórdia (teve início em 8 de dezembro de 2015), o Papa Francisco nos convida a irmos ao encontro do outro, nos convida a olhar nos olhos do outro e oferecer o perdão. O encontro com nosso próximo é um dos locais de encontro com a pessoa de Jesus Cristo, “rosto divino do homem e rosto humano de Deus”. “Abre-nos um caminho de esperança e de conforto. É bom sentir sobre nós o mesmo olhar compassivo de Jesus, assim como o sentiu a mulher pecadora” (Papa Francisco, “anúncio do ano jubilar”).
______________
* Gênesis 1, 26
** João 8, 14
*** Êxodo 20, 14 e Levítico 20, 10
**** Mateus 5, 27-28
Pedro Debarba