Caros leitores,
Estão¹ montando uma estrutura 'megalomaníaca' para a punição de fetos, mas falta estrutura para punir estupradores.
Citei estupradores porque essa é a maior bandeira para legalizar o aborto,
mulheres que não tiveram escolha (foram obrigadas, estupradas) na hora da
concepção. A questão é profunda, temos que ter uma visão holística². Aí vem a grande pergunta, o
feto que está sendo formado no ventre pode escolher entre nascer ou morrer?
Por outro lado, coloco-me no lugar de uma mulher que sofreu estupro. Ela se vê desamparada, se vê perdida no mundo e sem sentido de ela mesma existir. É um dos piores sofrimentos, que abre espaço para pensar no aborto. Mas, o que leva a mulher pensar em abortar? A resposta é simples: não temos apoio social (psicológico, religioso e familiar). Se as mulheres recebessem apoio da sociedade como um todo, reduziríamos em muito o pensamento abortivo.
Por outro lado, coloco-me no lugar de uma mulher que sofreu estupro. Ela se vê desamparada, se vê perdida no mundo e sem sentido de ela mesma existir. É um dos piores sofrimentos, que abre espaço para pensar no aborto. Mas, o que leva a mulher pensar em abortar? A resposta é simples: não temos apoio social (psicológico, religioso e familiar). Se as mulheres recebessem apoio da sociedade como um todo, reduziríamos em muito o pensamento abortivo.
Assim sendo, um primeiro “apoio” às mulheres que sofreram tal invasão seria a punição de estupradores. Mas o que vemos são milhares deles soltos e rindo de tudo e todos. Um segundo apoio a essas mulheres é um acolhimento social que vem acompanhado de um olhar compassivo e renovador, olhar esse que envolve o psicólogo, o religioso e os governantes. Sim, governantes, pois a estes foi entregue a tarefa de zelar por centros de acolhimento e de zelar pela remuneração de profissionais da saúde (enfermeiros, médicos e psicólogos). O argumento “falta dinheiro em caixa” é obsoleto, pois vemos o quanto pagamos de impostos.
Veja, a vida deve ser protegida desde a sua concepção até o momento da morte. E nós não podemos condenar uma vida indefesa por falhas estruturais. Vamos arrumar as “estruturas” e não condenar à morte um indefeso. Podemos sim levar ao júri os que conseguem se defender (estupradores, por exemplo), mas não levemos ao júri um feto que apenas tem sentimentos e não pode se defender.
Sejamos contra esse ato e a favor da vida. Sejamos protagonistas em apoiar as mulheres que sofreram algum abuso. Sejamos conscientes do que defendemos. Eu defendo o indefeso. E você a quem defende?
Pedro Debarba, teólogo
¹ "Estão" é uma referência aos governantes, aos meios de comunicação e grupos pró aborto.
² A palavra holístico foi criada a partir do termo holos, que em grego significa "todo" ou "inteiro". O holismo é um conceito criado por Jan Christiaan Smuts em 1926, que o descreveu como a "tendência da natureza de usar a evolução criativa para formar um "todo" que é maior do que a soma das suas partes". https://www.significados.com.br/holistico/
Para fundamentar um pouco o que digo, eis o descrito na PC CFM N° 6/2004 "Que esse tipo de atendimento seja prestado por equipe multiprofissional composta por médicos, psicólogos, enfermeiras e assistentes sociais". Vem a pergunta, temos essa equipe multiprofissional?
ResponderExcluirConfira aqui a PC CFM N° 6/2004 completa: https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/pareceres/BR/2004/6
Só pra esclarecer: No Brasil o aborto é considerado crime pelo Código Penal e pode incorrer em detenção de 1 a 3 anos. Sendo o aborto permitido apenas quando a gestação é resultado de um estupro, quando coloca em risco a vida da mulher ou se embrião for identificado como anencéfalo (sem formação cerebral). Então, se já é permitido nesses casos, por que ampliar essa permissão?
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