quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

As “Fake News” aumentam a arrogância e o ódio, afirma Papa Francisco

     Paz e Bem!


     Na mensagem do Papa Francisco do dia 24 de janeiro, ele fala sobre Fake News ou Notícias Falsas.

     O Papa inicia lembrando que a comunicação humana deve ser essencial para viver a comunhão e que esse tema das notícias falsas relaciona-se com o tema sobre a verdade.

     “A expressão fake news  diz respeito à desinformação transmitida on-line ou nos mass-media tradicionais” que tendem “a enganar e até manipular o destinatário”. Quem cria ou distribui essas notícias falsas são exploradores de emoções, e, suscitam “a ansiedade, o desprezo, a ira e a frustração” no destinatário. “Deste modo, as notícias falsas revelam a presença de atitudes simultaneamente intolerantes e hipersensíveis, cujo único resultado é o risco de se dilatar a arrogância e o ódio. É a isto que leva, em última análise, a falsidade”.
      Uma atitude que o Papa nos pede é a de “não ser divulgadores inconscientes de desinformação” e que devemos “desmascarar uma lógica, que se poderia definir como a ‘lógica da serpente’, capaz de se camuflar e morder em qualquer lugar”. “Nenhuma desinformação é inofensiva; antes pelo contrário, fiar-se daquilo que é falso produz consequências nefastas. Mesmo uma distorção da verdade aparentemente leve pode ter efeitos perigosos”.
       “O antídoto mais radical ao vírus da falsidade é deixar-se purificar pela verdade. (...) A verdade é aquilo sobre o qual nos podemos apoiar para não cair. Neste sentido relacional, o único verdadeiramente fiável e digno de confiança sobre o qual se pode contar, ou seja, o único ‘verdadeiro’ é o Deus vivo. Eis a afirmação de Jesus: ‘Eu sou a verdade’ (Jo 14, 6). Sendo assim, o homem descobre sempre mais a verdade, quando a experimenta em si mesmo como fidelidade e fiabilidade de quem o ama. Só isto liberta o homem: ‘A verdade vos tornará livres’(Jo 8, 32)”.

      Dois ingredientes que não podem faltar em nossas ações: Libertação da falsidade e busca de relacionamento. “De fato, uma argumentação impecável pode basear-se em fatos inegáveis, mas, se for usada para ferir o outro e desacreditá-lo à vista alheia, por mais justa que apareça, não é habitada pela verdade. A partir dos frutos, podemos distinguir a verdade dos vários enunciados: se suscitam polêmica, fomentam divisões, infundem resignação ou se, em vez disso, levam a uma reflexão consciente e madura, ao diálogo construtivo, a uma profícua atividade”.

      “O melhor antídoto contra as falsidades são as pessoas: Pessoas que, livres da ambição, estão prontas a ouvir e, através da fadiga dum diálogo sincero, deixam emergir a verdade; pessoas que, atraídas pelo bem, se mostram responsáveis no uso da linguagem”.
      O Papa termina com uma oração inspirada numa oração franciscana:
“Senhor, fazei de nós instrumentos da vossa paz.
Fazei-nos reconhecer o mal que se insinua em uma comunicação que não
cria comunhão.
Tornai-nos capazes de tirar o veneno dos nossos juízos.
Ajudai-nos a falar dos outros como de irmãos e irmãs.
Vós sois fiel e digno de confiança;
fazei que as nossas palavras sejam sementes de bem para o mundo:
onde houver rumor, fazei que pratiquemos a escuta;
onde houver confusão, fazei que inspiremos harmonia;
onde houver ambiguidade, fazei que levemos clareza;
onde houver exclusão, fazei que levemos partilha;
onde houver sensacionalismo, fazei que usemos sobriedade;
onde houver superficialidade, fazei que ponhamos interrogativos
verdadeiros;
onde houver preconceitos, fazei que despertemos confiança;
onde houver agressividade, fazei que levemos respeito;
onde houver falsidade, fazei que levemos verdade.
Amém”.

Um comentário:

  1. Pra se pensar! Devemos sempre estar atentos ao que nos chega como 'informação' e buscar sempre a verdade!

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