terça-feira, 28 de dezembro de 2010


Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando

(Lc 24, 29).


Ficai conosco, Senhor, acompanhai-nos, ainda que nem sempre tenhamos sabido reconhecer-vos. Ficai conosco, porque as sombras vão se tornando densas ao nosso redor, e vós sois a Luz; em nossos corações se insinua a desesperança, e vós nos fazeis arder com a certeza da Páscoa. Estamos cansados do caminho, mas vós nos confortais na fração do pão para anunciar aos nossos irmãos que na verdade vós ressuscitastes e nos destes a missão de ser testemunhas da vossa ressurreição.
Ficai conosco, Senhor, quando ao redor da nossa fé católica surgem as névoas da dúvida, do cansaço ou da dificuldade; vós, que sois a própria Verdade como revelador do Pai, iluminai nossas mentes com a vossa Palavra; ajudai-nos a sentir a beleza de crer em vós.
Ficai em nossas famílias, iluminai-as em suas dúvidas, sustentai-as em suas dificuldades, consolai-as em seus sofrimentos e na fadiga de cada dia, quando ao redor delas se acumulam sombras que ameaçam sua unidade e sua natureza. Vós que sois a Vida, permanecei em nossos lares, para que continuem sendo ninhos onde nasça a vida humana abundante e generosamente, onde se acolha, se ame, se respeite a vida desde a sua concepção até o seu término natural.
Ficai, Senhor, com aqueles que em nossas sociedade são mais vulneráveis; ficai com os pobres, com os indígenas e com os afro-americanos, que nem sempre encontraram espaços e apoio para expressar a riqueza de sua cultura e a sabedoria de sua identidade.
Ficai, Senhor, com nossas crianças e com nossos jovens, que são a esperança e a riqueza de nosso Continente; protegei-os de tantas insídias que atentam contra a sua inocência e contra suas legítimas esperanças.
Ó bom Pastor, ficai com nossos anciãos e com nossos doentes. Fortalecei todos em sua fé, para que sejam vossos discípulos e missionários! Amém. (Papa Bento XVI, Aparecida, 2007).

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


Por favor! Cânticos melhores

Olá prezado leitor!

Publiquei vários artigos, alguns meus e outros não, sobre religiões, ou melhor, seitas. Um desses artigos foi o “Igreja Universal do Reino de Deus e dinheiro: ação contrária ao Evangelho”, que está nesse presente blog. Tive, claro, algumas intervenções, porém poucas. Não sei se o tema não é de interesse público ou este já está por demais de cansado de ser ouvido, então a indiferença.
Escrevo agora sobre a Congregação Cristã no Brasil (CCB), como o nome bem diz é uma “congregação”. Primeiramente quero ressalvar que não é dirigido aos seus fiéis praticantes, dos quais tenho muitos amigos, e sim à sua doutrina e cultos. Escrevo porque fiquei tão atônito em ver a vivência da irmandade e de ouvir alguns dos hinos.
Caso você, querido leitor, for um “neo-convertido” à CCB ou sua fé não é tão madura, aconselho que não prossigas a leitura deste artigo.
Entre pedras e espinhos, lá vamos nós...
“Deus é Amor”, diz João em sua carta, e confirmamos isso. O amor divino não exclui ninguém e não faz separação de pessoas, ou melhor, dos seus filhos. Deus ama apenas, não é interesseiro no amor humano e nem mesmo necessita ser amado pelos humanos. Deus não precisa de culto ou templo, somos nós que precisamos de culto e de templo.
Ouvi muitos irmãos evangélicos, mais precisamente os irmãos da CCB, afirmarem “Deus salva os justos” ou como queira a tradução bíblica. Esta afirmação é correta e é bíblica. Porém, discordo da maneira como essa frase é interpretada pelos meus irmãos “evangélicos” (entre aspas porque todo o cristão deveria ser e aqueles que dizem ser não o são), os quais dizem ser justos apenas aqueles que fazem parte de sua irmandade, congregação ou sei lá o nome que cada um oferece a essa reunião de pessoas. Interpretar assim o ser justo é um grande anacronismo, pois no passado se pensava assim. Ah sim, estava esquecendo, essas seitas são novas e algumas tem menos de vinte anos e talvez nem sabem que o cristianismo tem mais de dois mil anos.
No Concílio Vaticano II, em 1962, a Igreja Católica afirma que há semente do verbo em cada pessoa humana, e que se mesmo essa pessoa não conhecer a Cristo e nunca ouvir falar Dele, mas viver amando e fazendo o bem aos outros, essa pessoa é um “cristão anônimo” e ninguém de nós tem o direito de lhe negar o prazer das delícias eternas junto de Deus.
Outro ponto que me deixou inquieto são os hinos, hinário ou cânticos. A primeira vez em que ouvi, pensei ser um canto fúnebre das antiguidades, pensei ser algo bem ancestral e pensei ainda que estivessem tocando e cantando fora de tom ou desafinados. Mas, alguém me alertou que aqueles tais hinos formavam o seu hinário e que seus cultos eram por estes “animados” e mais ainda, contou-me que nos funerais isso piora e a melancolia chega a seu auge. Confesso que meu espanto foi maior ainda quando vi jovens inteligentes e audaciosos tocando tais hinos e achando que é o máximo do louvor a Deus. Fico imaginando os anjos, devem ter deixado suas harpas de lado e se banhado em prantos e desânimos.

"Cânticos melhores deveriam cantar os seus discípulos para que eu pudesse acreditar no seu redentor" (Friedrich Nietzsche, em 'Assim falou Zaratustra')

Sem ofensas! Acho que cada um vive de sua maneira, vivencia sua fé de sua maneira e que se sente muito realizado onde está.


Pedro Debarba

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sintaxe À Vontade

Sem horas e sem dores
Respeitável público pagão
a partir de sempre
toda cura pertence a nós
toda resposta e dúvida
todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
todo verbo é livre para ser direto e indireto
nenhum predicado será prejudicado
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final!
afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas
e estar entre vírgulas pode ser aposto
e eu aposto o oposto que vou cativar a todos
sendo apenas um sujeito simples
um sujeito e sua oração
sua pressa e sua verdade,sua fé
que a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou não
que enxerguemos o fato
de termos acessórios para nossa oração
separados ou adjuntos, nominais ou não
façamos parte do contexto da crônica
e de todas as capas de edição especial
sejamos também o anúncio da contra-capa
mas ser a capa e ser contra-capa
é a beleza da contradição
é negar a si mesmo
e negar a si mesmo
pode ser também encontrar-se com Deus
com o teu Deus
Sem horas e sem dores
Que nesse encontro que acontece agora
cada um possa se encontrar no outro
até porque...

tem horas que a gente se pergunta...
por que é que não se junta
tudo numa coisa só?
__________________________________________
Composição: Fernando Anitelli
Trupo 'O Teatro Mágico'
Disponível no site: www.oteatromagico.mus.br

sábado, 1 de maio de 2010


Sábias palavras de um sábio


Perguntaram ao Dalai Lama:
- O que mais te surpreende na Humanidade?
E ele respondeu:
- Os homens... Porque perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.

sábado, 3 de abril de 2010

Mídia sem ética, abutre indomável

Os ataques ao Vaticano e ao Papa aumentaram nesses últimos meses. Em sua maioria estão relacionados à pedofilia dentro da Igreja.
Dói muito em ver a mídia (principalmente a televisiva) querendo liberdade e não dando liberdade aos outros de se expressarem. Não entendo, pois ao dar uma notícia pesada de um acontecimento são feitas inúmeras reportagens e não se cansam de repetir a mesma notícia porca, porém se a notícia é uma construção falsa, caluniosa ou aquilo tudo não é correto, então ninguém mais toca no assunto, ficam todos de boca calada. Isso é uma falta de ética e de responsabilidade para assumir aquilo que assumiram: deixar o mundo informado.
São abutres, pois não podem ver carniça que já estão sobrevoando e até comendo! Muitas mídias televisivas se alimentam desse tipo de coisas: desgraça alheia.

“Ao contrário do que alguns veículos de imprensa divulgaram, a atitude do então cardeal Joseph Ratzinger com relação ao caso de abusos sexuais sobre menores por parte de clero foi sempre muito severa, como testemunham as pessoas que trabalharam com ele”, (comunicado do CELAM).

Isso a mídia “abutrífera” não relata ou põe em seus “comunicados”.
Toda essa revoada de abutres não passa de uma perseguição organizada contra a Igreja porque esta se opõe ao aborto e à homossexualidade. Posso dizer com segurança que: há muito mais gente infiel ao cônjuge do que sacerdotes infiéis à sua vocação; há muito mais pedófilos espalhados por aí que ninguém mostra do que sacerdotes pedófilos.
Que fique muito claro aqui meu caro leitor: o que deve ser mostrado nem sempre é mostrado, o que deve ser feito nem sempre se é feito, e o que deve ser falado nem sempre é falado. A mídia televisiva (em sua maioria) mostra, faz e fala o que bem quer e todo mundo aplaude... Cuidado com isso meu caro leitor. Pense antes de tecer um comentário. Poderei ser crucificado pelo que escrevi, pois isso pode ser blasfêmia para uns e loucura para outros.

Obs: Não direcionei esse meu artigo a nenhuma pessoa em particular, pois tenho bons amigos (as) dentro da mídia televisiva, mas estes estão do lado da verdade.

[Pedro Debarba]

segunda-feira, 15 de março de 2010

O teatro ensina a VIVER


Público alvo:
Professores, mas você também pode ler... eu deixo!
A turma perde a timidez, amplia os horizontes culturais e trabalha bem em grupo quando a arte cênica faz parte do currículo...

Mesmo sem se dar conta, todos os dias ao entrar na sala de aula você e seus alunos tomam emprestados alguns recursos da linguagem teatral. Ao ler um conto em voz alta, os estudantes naturalmente impostam a voz e mudam a entonação marcando os diferentes personagens. Para manter a atenção da turma em suas explicações é bem provável que você imponha ao corpo uma postura mais rígida, abuse dos gestos e capriche nas expressões faciais. Mas o teatro pode ser usado também como uma ferramenta pedagógica. "Uma das grandes riquezas dessa atividade na escola é a possibilidade do aluno se colocar no lugar do outro e experimentar o mundo sem correr riscos", avalia Maria Lúcia Puppo, professora de licenciatura em Artes Cênicas da Universidade de São Paulo (USP). E são muitas as habilidades desenvolvidas com essa prática.
O contato com a linguagem teatral ajuda crianças e adolescentes a perder continuamente a timidez, a desenvolver e priorizar a noção do trabalho em grupo, a se sair bem de situações onde é exigido o improviso e a se interessar mais por textos e autores variados. "O teatro é um exercício de cidadania e um meio de ampliar o repertório cultural de qualquer estudante", argumenta Ingrid Dormien Koudela, consultora do Ministério da Educação na elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) na área.
A criatividade é o único recurso indispensável
"A escola não precisa de um espaço com poltronas confortáveis ou ricos figurinos para montar uma peça", avisa a atriz e orientadora pedagógica Beth Zalcman, da Escola Eliezer Steinbarg-Max Nordau, do Rio de Janeiro.
O professor Leandro Karnal, da Universidade de Campinas, vai no mesmo caminho que Beth. Ele lembra que ainda durante a época colonial os jesuítas já utilizavam o teatro como exercício escolar com bons resultados e sem grandes recursos. "Cabe a cada professor descobrir os recursos necessários para o trabalho que pretende desenvolver. Mas o principal é sempre a criatividade", alerta.
A linguagem lúdica e multifacetada pouco dependente da escrita é ideal para colocar em cartaz com a garotada espetáculos sobre a cultura local ou os acontecimentos cotidianos, por exemplo. A atividade desenvolve a oralidade, os gestos, a linguagem musical e, principalmente, a corporal.
Contato com companhias profissionais é valioso
A presença efetiva da arte de representar na educação brasileira é um fenômeno recente. O ensino de Educação Artística, regulamentado em 1971, sempre priorizou as artes plásticas. Com o passar do tempo, a aproximação entre escolas e grupos teatrais e o crescimento dos cursos de graduação em Artes Cênicas pelo país contribuíram para o aumento e a valorização do teatro em sala de aula.
Você pode incluir atividades baseadas nessa linguagem em seu planejamento e ir além. Uma forma é fazer parcerias com grupos de teatro da região. O contato com atores profissionais é muito rico. Ele possibilita a discussão sobre o aproveitamento dos espaços físicos da escola e o intercâmbio de idéias e experiências.
Vale a pena também ficar atento à programação cultural da cidade. Entre em contato com companhias teatrais e veja a possibilidade de trazê-las para a escola. E, se possível, leve a turma a uma sala de espetáculos para assistir a montagens profissionais. "O hábito de ir ao teatro também deve ser desenvolvido nas aulas de Artes", conclui Ingrid.

sábado, 6 de março de 2010

Felicidade Interna Bruta (FIB)


Distintos leitores, amigos e colegas, irmãos e irmãs!


É com renovada alegria que volto escrever em meu blog... e venho com um assunto gostoso de se falar e muito atual: FELICIDADE. Para começar vou falar um pouco do que é a FIB e depois algumas ações concretas...

O conceito de Felicidade Interna Bruta (FIB) nasceu em 1972, em um pequeno país do Himalaia, quando o rei questionou se o Produto Interno Bruto (PIB) seria o melhor índice para designar o desenvolvimento de uma nação. Desde então, o reino do Butão começou a praticar esse conceito e atrair a atenção do resto do mundo com a sua nova fórmula para o cálculo de riqueza de um país, que considera outros aspectos além do desenvolvimento econômico, como a conservação do meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas. Através dos quatro pilares da FIB, economia, cultura, meio ambiente e boa governança, derivam-se 9 domínios de onde são extraídos indicadores para que a “Felicidade” de uma nação seja avaliada:

Bem-estar psicológico; Meio Ambiente; Saúde; Educação; Cultura; Padrão de vida; Uso do tempo; Vitalidade Comunitária; Boa Governança.

“... quaisquer que sejam as metas que tenhamos – e não importa o quanto essas metas mudem neste cambiante mundo – em última instância, sem paz, segurança, e felicidade, nada temos. Essa é a essência da filosofia da Felicidade Interna Bruta.” (rei de Butão).

Assim podemos perceber que a FIB é uma medida qualitativa e não medida quantitativa, e está baseada na verdadeira sabedoria das pessoas. É de enfoque da FIB a busca do senso de comunidade, uma solidariedade entre as pessoas.

Com isso, buscamos um desenvolvimento sustentável, o qual se realiza com o equilíbrio.

É da natureza humana buscar a felicidade, então porque eu busco tantas outras coisas que nem sempre trazem a verdadeira felicidade?

Uma pesquisa mostra que a riqueza dos Estados Unidos aumentou dramaticamente, porém a felicidade baixou... mais dinheiro e mais tristes...

Fica a pergunta: Será que MAIS é realmente MELHOR?

Ler mais sobre isso:

http://felicidadeinternabruta.blogspot.com/

Esse tema vai longe.............................


Obrigado pela paciência, Pedro.